tag:blogger.com,1999:blog-15764443624612076482023-11-16T03:29:29.745-08:00Papo de varandaPapo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.comBlogger48125tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-21321696219030672252010-12-01T18:47:00.000-08:002010-12-01T18:50:32.538-08:00...Escolhi uma "fonte" para este post que se chama, algo parecido com "tribuchet".<br />Os dedos coçam, a cabeça necessita.<br />Vamos ver...Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-89451962512354352292010-08-13T21:31:00.000-07:002010-08-13T22:15:06.463-07:00POEMA PARA HELOISA<div align="left">Existe silêncio no toque de uma pedra com outra.</div><div align="left">Suavidade, canto, gentileza,</div><div align="left">e respeito.</div><div align="left">Aprenderam com os séculos assim.</div><div align="left">Pelos tempos idos e lambidos, pela água da chuva e pela seca:</div><div align="left">Ressecam-se, mobilizam-se, e permanecem.</div><div align="left">Há limo e saliva entre as pedras.</div><div align="left">Limo grosso... História.</div><div align="left">Ali e acolá crescem pequenas vegetações, mais que limo:</div><div align="left">Só nos ajudam a não nos escorregar de todo.</div><div align="left">Verdes, pequeninas, seguram o nosso "<em>mindinho"</em></div><div align="left">E basta.</div><div align="left">Entre as pedras, corre água, de preferência, <em>"bem devagarinho"</em></div><div align="left">Limpa, lava, renova.</div><div align="left">As pedras, elas, estão agora, bem lá debaixo do sol gostoso da manhã.</div><div align="left">Mas nas noites escuras e sem estrelas, e naquelas (aquelas!!!) das tormentas,</div><div align="left">elas, as pedras, não só resistem, fazem o que lhe és dito fazer:</div><div align="left">Sustentam.</div><div align="left">Ser pedra é ser assim...</div><div align="left">Juntas, o quanto possível, e bonitas o quanto nos é permitido.</div><div align="left">Falando sério, pedra que é pedra mesmo, não pensa em "<em>boniteza"...</em></div><div align="left">(E, apesar de tudo, estamos, juntos e tão longe da pedra que somos.</div><div align="left">Temos mãos para apalpá-las, mas isso não nos adianta de muito.)</div><div align="left">Somos pedras, juntas.</div><div align="left">Com o limo lodoso e infiltrante, sempre a nos escorregar e a nos trazer de volta.</div><div align="left">Somos água pura e límpida, com cristais luminosos, luz dos nossos questionamentos.</div><div align="left">Somos pedras secas, desidratadas, as vezes, sem muito a oferecer.</div><div align="left">Você me põe pra dormir, eu te ponho pra dormir.</div><div align="left">Seguimos, somos.</div><div align="left">Pedras.</div><div align="left">Sonho nosso sempre foi sermos, nós as pedras, pedras lisas de rio, descendo abaixo junto com o ritmo, a força e o descenso das águas.</div><div align="left">Seixos é o nosso nome.</div><div align="left">Somos, queremos ser, a suavidade do toque, limadas pela vida.</div><div align="left">Com ou sem dor (mais pela dor).</div><div align="left">Sem poros.</div><div align="left">Mas... somos pedras, juntas, aprendendo... ainda....</div><div align="left">Sobrevivendo, graças a nossa natureza de pedras que somos, aos "<em>caldos" </em>das chuvas que descem das serras serras sem nos avisar.</div><div align="left">Só Deus sabe como.</div>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-28781703171518014082010-07-03T16:15:00.000-07:002010-07-03T18:04:33.238-07:00VINICIUS DE MORAESAssisti ontem a um programa na Globo News - Espaço Aberto - Literatura-, que em memória aos 30 anos da morte de Vinícius de Moraes, reuniu, num conjunto que se mostrou formidável, José Castelo (seu biógrafo inclusive) e Sérgio Cabral (o pai, gente, por favor!!).<br /> Pequeníssimas aparições de Nelson Mota e Geraldinho Carneiro. De bom tamanho.<br /> Conversaram , e em apenas 30 minutos, o que muitas vezes não ouvimos em horas de palestrantes, ou em muitas e muitas páginas dos livros que são lidos, chegamos lá. <br />Digo isso gente, porque continuo lendo. Eu, continuo lendo: busco os novos, releio os antigos: quero me emocionar... quero me emocionar, especialmente através da literatura, canal que foi, desde sempre, e busco continuar sendo, insubstituível, nas minhas maiores buscas, emoçoes, questões, aprofundamentos, entendimentos, soluçoes e desafios, ao longo de toda a minha vida.<br /><br />Voltando ao programa, pensei em mim há 30 anos atrás.<br /> Eu estava muito mais perto dele, concluí sem esforço.<br />Mais perto de sua poesia, de seu desejo com o mundo, de sua enorme facilidade de transformação, de seu lirismo, de seu sonho vivido como realidade. Cantávamos suas letras e acreditávamos nelas como um paraíso a ser conseguido, ou pelo menos a ser dançado...<br />Aos 24 anos estive muito perto de Viníciuis de Moraes, em prosa, verso, letras e música. (Viva Tom Jobim)!!<br />A vida seguiu, sempre eu encantada com sua obra, com sua forma, corajosa e poética de viver.<br />A vida seguiu sem que eu esquecesse seus poemas, alguns decorados, muitos recitados.<br /><br />Aos poucos, percebi, ontem, fui me afastando da realidade desse sonho e da possibilidade real dele.<br />Fui apenas, e muito, continuando amando o poetinha e tendo ele no fundo do meu coração, mas num fundo tão fundo, que eu mesma não mais acessava.<br />Ontem, durante o programa, lembrei-me de mim no dia em que ele morreu. Eu sei exatamenete o que estava fazendo no momento que soube da sua morte, e achei graça dele ter morrido dentro de uma banheira!!!<br />Lembrei-me de mim muitos anos antes de ele morrer. Da mulher especial que poderia ser, da musa que poderia ter sido, da paixão "eterna enquanto dura", e de tanta gentileza e capricho na arte do aapaixonamento.<br />Lembrei-me do quanto ele me fez sentir uma mulher especial e diferente de todas as outras.<br />Lembrei-me da poesia da música que circulava e me envolviam à época.<br />Senti uma saudaaaaaaade dele, e de mim.<br />Preciso, urgentemente, estar com o Vinícius, tomar dois "uisquezinhos", e voltarmos juntos ( quem sabe da mãos dadas?), e desejarmos de novo o céu, a lua , quem sabe , as estrelas?Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-56855573669086593942010-06-18T19:56:00.000-07:002010-06-18T20:04:43.452-07:00Pequena explicação<span style="font-family: times new roman;"><span style="font-size:130%;"><br /><span style="font-size:130%;"><br /></span></span><span style="font-size:130%;">Amigos:<br /> Não aprendi ainda a lidar com o tamanho, cor e tipo das letras ( ou fontes).<br />Fica mal as vezes, eu sei.<br /><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Jamais</span> Clarice, no Post anterior, escreveria ou falaria naquele tamanho.<br /> Tentei consertar, não consegui.<br /> Penso, as vezes: eu, que falo tão alto, escrevo tão baixinho. Ou é assim que sinto.<br />Desculpem. Tô aprendendo.<br />Suzana<br /></span></span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-77317128516827420012010-06-18T19:40:00.000-07:002010-06-18T19:48:04.386-07:00CLARICE LISPECTOR<span style="font-family: lucida grande;"><span style="font-size:130%;"><br /><span style="font-size:180%;"><br /></span></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: lucida grande;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:180%;">" Mesmo que nunca mais fosse sentir a grave e suave força de existir e amar, daí em diante, ela já sabia pelo que esperar, esperar a vida inteira se necessário, e se necessário jamais ter de novo o que esperava."</span></span></span><br /><span style="font-family: lucida grande;"><span style="font-size:130%;"></span></span></div>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-47875069170550966212010-06-17T16:36:00.000-07:002010-06-17T16:51:54.811-07:00<div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size:130%;">Caros amigos:</span><br /><br />Na "varanda", essa mesma, em que os papos acontecem e aonde minha alma vôa sem pudores, o frio está quase pornográfico. Impróprio para consumo.<br /><br />Buscando o sol, se-guin-do a vida, e debaixo das cobertas, só uma frase me<br />acalenta:<br /><br />" Escrever, só por necessidade". Rilke?<br /><br /><br /></span></span></div>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-87414206340930281732010-05-27T15:49:00.000-07:002010-05-30T08:04:06.854-07:00NIETZSCHE<span style="font-size:130%;"><span style="font-family:verdana;"><br /><span style="font-size:180%;"><br /><span style="font-size:85%;">" O CRESCIMENTO DA SABEDORIA PODE SER MEDIDO EXATAMENTE PELA DIMINUIÇÃO DA AMARGURA."</span></span><br /></span></span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-75192705540060916402010-05-27T15:21:00.001-07:002010-05-27T15:35:28.391-07:00MÚSICA<span style="font-family:georgia;"><br /><span style="font-size:130%;"><br /><span style="font-weight: bold;">A música, como uma das maiores expressões da emoção humana, permite e acolhe a convivência harmoniosa, entre os mais diferentes estilos.<br /><br /></span><span style="font-weight: bold;">Com essa mesma sabedoria, deveríamos sentir e viver a vida, sobretudo admitindo, e entendendo, a riqueza de tão bonitos contrastes e de suas infinitas variações.<br /><br /> Suzana<br /></span></span></span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-58513685910187191402010-05-27T15:08:00.000-07:002010-05-27T15:13:37.322-07:00Sobre o escrever (2)<span style="font-size:130%;"><span style="font-family: courier new;"><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">" SÃO NOSSAS PAIXÕES QUE DELINEIAM NOSSOS LIVROS, MAS O REPOUSO DO INTERVALO É QUE OS ESCREVE."<br /><br /> Proust<br /></span></span></span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-35796807018330089722010-05-27T14:41:00.000-07:002010-05-27T15:01:58.192-07:00RAINER MARIA RILKE<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: lucida grande;"><span style="font-family: webdings;"><span style="font-family: times new roman;"><span style="font-family: verdana;"><br /><span style="font-weight: bold;">"MINHA VIDA NÃO É ESTA HORA A PIQUE</span><br /><span style="font-weight: bold;">EM QUE ME VÊS TÃO AFOBADO.</span><br /><span style="font-weight: bold;">Eu SOU UMA ÁRVORE EM FRENTE AO INTERIOR DE MIM.</span><br /><span style="font-weight: bold;">SOU UMA SÓ DE MINHAS BOCAS</span><br /><span style="font-weight: bold;">E AQUELA QUE PRIMEIRO HÁ DE FECHAR-SE.</span><br /><span style="font-weight: bold;">SOU AQUELE INTERVALO ENTRE DUAS NOTAS</span><br /><span style="font-weight: bold;">QUE SÓ DIFICILMENTE SE HARMONIZAM,</span><br /><span style="font-weight: bold;">E É QUANDO O TOM DA MORTE VAI MAIS ALTO.</span><br /><span style="font-weight: bold;">MAS NO ESCURO INTERVALO AS DUAS SOAM, TRÊMULAS AMBAS.</span><br /><span style="font-weight: bold;">E É BONITO O CANTO."</span><br /></span></span></span></span><span style="font-family: lucida grande;"></span></div>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-89880556027008843712010-05-20T20:31:00.000-07:002010-05-20T20:42:03.359-07:00SURPRESA !!!!!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-S7r7aiJpw0GYh60IgoORmcDRpKRrmk_8e1lGTv2-ZCafE3k1xAhKQx7m_evIJt2DXdiRJT3Lvoza9yykn-BQZ3xTtR4-2ZSh1sVFrLYy3qSnlsuyYKCC_KB9_dWsT4MXVZ1yx8G_g6zR/s1600/mamicaelica.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-S7r7aiJpw0GYh60IgoORmcDRpKRrmk_8e1lGTv2-ZCafE3k1xAhKQx7m_evIJt2DXdiRJT3Lvoza9yykn-BQZ3xTtR4-2ZSh1sVFrLYy3qSnlsuyYKCC_KB9_dWsT4MXVZ1yx8G_g6zR/s320/mamicaelica.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473561177887718002" /></a><br /><br />Pra minha mãe que eu tanto amo, me espelho, respeito e admiro.Pra pessoa do melhor colo, do melhor abraço, do melhor cheirinho. Pra minha mãezinha que eu amo tanto : <br /><br />Acredita em anjo<br />Pois é, sou o seu<br />Soube que anda triste<br />Que sente falta de alguém<br />Que não quer amar ninguém<br /><br />Por isso estou aqui<br />Vim cuidar de você<br />Te proteger, te fazer sorrir<br />Te entender, te ouvir<br />E quando estiver cansada<br />Cantar pra você dormir<br /><br />Te colocar sobre as minhas asas<br />Te apresentar as estrelas do meu céu<br />Passar em Saturno e roubar<br />o seu mais lindo anel<br /><br />Vou secar qualquer lágrima que ousar cair<br />Vou desviar todo mal do seu pensamento<br />Vou estar contigo a todo momento<br />Sem que você me veja<br />Vou fazer tudo que você deseja . . .<br /><br />Conta comigo p) o que você precisar, mamica!<br />Um beijo da sua filha caçula apaixonada por você,<br />Lilú :]Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-9639984045659239632010-05-20T17:42:00.000-07:002010-05-20T18:01:59.309-07:00CONTEMPLAÇÃOOs exercícios de reflexão miram a contemplação,<br /> passos necessários para o desaquecimento da alma.<br /> "Deitar as retinas" sobre os mistérios da paisagem:<br /> - Natureza sim. -<br /> Esticar as pernas e, num longo e suave espreguiçar,<br /> Tocar, ao menos de leve, a paz essencial<br /> (desde sempre fugidia dos meus dias)<br /> E, com este jeito natural, olhar a vida.Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-52259069729250315912010-05-20T16:10:00.001-07:002010-05-20T16:10:30.767-07:00FERNANDO PESSOA<object width="660" height="525"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/CebrBTtrJgE&hl=pt_BR&fs=1&border=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/CebrBTtrJgE&hl=pt_BR&fs=1&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="660" height="525"></embed></object>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-72321132641561129602010-05-20T15:43:00.000-07:002010-05-20T15:50:27.594-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ6tWOFAF_Ege4OyMXp6MRcmwWhyphenhyphen4Gu8shi9VgKDCsnjT5dbqbwgFUVsM7tfpG9DsaTT3VTNPcb4zEZbW1Z4Bo9VW6dEQU_4Zr4-3gVuu1WD1z21APUiaFYQrWiIkq-amSqm4vkJSUUYst/s1600/Digitalizar.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 238px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ6tWOFAF_Ege4OyMXp6MRcmwWhyphenhyphen4Gu8shi9VgKDCsnjT5dbqbwgFUVsM7tfpG9DsaTT3VTNPcb4zEZbW1Z4Bo9VW6dEQU_4Zr4-3gVuu1WD1z21APUiaFYQrWiIkq-amSqm4vkJSUUYst/s320/Digitalizar.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473487354116817298" /></a><br /><br /> PROTEÇÃO-CARINHO-CUIDADOPapo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-54144311371439652392010-05-15T19:07:00.000-07:002010-05-15T19:07:47.100-07:00<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: large;"><em>BLOG????</em></span><br />
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<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Gente, é o seguinte: antes da Muriel fazer o meu blog, nunca tinha visitado outro qualquer. É sério.</span><br />
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<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Hoje, lendo a coluna do José Castelo ( Prosa e verso), vejo a indicação do blog de Sérgio Rodrigues, que se chama "TODO PROSA". É lógico que corri lá pra ver o que acontecia.</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Bem, encontrei alguns textos em vermelho, uma foto bem legal,... e ??</span><br />
<span style="font-family: Courier New;">Tenho vontade de colocar no meu blog, músicas, fotos, vídeos, mas ainda não sei como.</span><br />
<span style="font-family: Courier New;">Esperarei pelas ajudas internéticas.</span><br />
<span style="font-family: Courier New;">Me aguardem.</span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-59306992956951862010-05-15T18:16:00.000-07:002010-05-15T18:25:23.424-07:00<strong> <span style="font-size: large;">O ANTI-CABEÇA</span></strong><br />
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<em><br />
</em><br />
<em> Arnaldo Bloch ( O Globo, 14/02/04)</em><br />
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Uma tendência ganha fôlego em nossos dias: o antiintelectualismo. Seu porta-voz, o Anti-cabeça, está em tudo que é lugar, pronto pra lutar por sua ideologia.<br />
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O Anti-cabeça é recrutado por uma força invisível ( um deus? um fenômeno natural?), que diz: “ Onde quer que estejas, filho, abomina todo refinamento mental, toda sutileza oratória. Destrói aqueles que elaboram o pensamento complexo e abra as portas para a felicidade simplificadora.”<br />
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O Anti-cabeça pode ser ignorante ou culto. Mas nunca será inteligente.<br />
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O inteligente inculto, por sua vez, livra-se de ser um Anti-cabeça se estiver consciente de seus limites circunstanciais, e dar-se a liberdade de decidir, sem traumas, desenvolver ou não o intelecto. Mas, se for magoado, será um Anti-cabeça furioso.<br />
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Culto ou ignorante (mas sempre ininteligente), o Anti-cabeça odeia o raciocínio sofisticado e acredita que, para existir e imperar, precisa exterminá-lo ou isolá-lo. Não pode haver diálogo entre as duas esferas. O mundo é pequeno demais para caber Cabeça.<br />
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O intelectual, na visão do Anti-cabeça, nada tem a contribuir para a construção de uma sociedade melhor. Ele é sempre o Cabeça, pernóstico, mentiroso, delirante, confuso, um chatonildo que opõe-se à simplicidade deste mundo.<br />
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O Anti-cabeça vomita diante de uma arte que não seja figurativa ou decorativa. Cospe, mesmo sem ouvir, numa música cuja harmonia (palavra proscrita) seja um tantinho mais intrincada.<br />
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Acredita que a vanguarda não existe, que é sempre um embuste, e ignora interdependência/intercâmbio/processo que envolvam clássico e novo.<br />
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O Anti-cabeça pronuncia a palavra “intelectual” como se fosse um palavrão. Ou então, como se tal ser ( “o intelectual” ) não existisse na realidade, fosse invariavelmente um picareta, sujeito deletério, um sofisma ambulante, uma praga subversiva.<br />
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O Anti-cabeça dorme na platitude e acorda no banal. Acredita que o medíocre será vencedor. À noite, sonha com a uniformização de tudo num grande show que não pode parar para pensar, que transforme as vidas num zumbido permanente e alegre. Nesse show não há lugar para a expressão da tristeza, da melancolia, da angústia como formas válidas: estes são sentimentos para se extirpar do coração antes de chegar à garganta e à voz, que devemos guardar nos nossos peitos, não encher o saco dos bons e simples com roupa suja existencial.<br />
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A existência, por sinal, não é uma questão a ser pensada ou exposta, crê o Anti-cabeça. A existência apenas “é”. E ponto – porque se forem reticências a coisa já fica muito complexa. Toda a filosofia está enterrada nesta afirmativa, podemos bailar e rir. É tão fácil ser feliz!!! Só o cabeça com a sua carranca, é que não vê.<br />
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O objetivo final do Anti-cabeça é exterminar o Cabeça, que tem um poder de comunicação imediata menor e pode encontrar dificuldades em defender sua dignidade e sua honra.<br />
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O Anti-cabeça segrega, procura criar uma nova classe de degenerados, de inúteis, de incompreensíveis masturbadores mentais que nada têm a ver com o senso comum e, portanto, não devem ser levados a sério. O mundo será melhor, mais direto, mais claro, mais divertido e colorido sem eles pra perturbar. Que fiquem encastelados em seus átrios abafados e cheios de teias de aranha.<br />
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<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>O cronista, que não é um Anti-cabeça, prescinde de declarar-se, entretanto, um intelectual. Mas saúda os Cabeças e os simples com toda a humildade.</strong></span><br />
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Eu, Suzana, acato integralmente, e louvo sua coragem.Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-31213235857413348122010-05-15T16:53:00.000-07:002010-05-15T16:53:39.284-07:00ANÕNIMO<span style="font-size: large;">"Nunca se explique.</span><br />
<span style="font-size: large;">Seus amigos não precisam.</span><br />
<span style="font-size: large;">Seus inimigos não vão acreditar."</span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-73525645508504773572010-05-15T16:39:00.000-07:002010-05-15T16:39:26.571-07:00Robert Browing<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: large;">"O esforço de um homem deve exceder o seu alcance.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS; font-size: large;">Ou então, para que o céu?"</span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-16000355335968654172010-05-15T16:14:00.000-07:002010-05-15T16:14:35.211-07:00Há tempos atrás<span style="font-family: Arial; font-size: large;">Qu<span style="font-size: small;">e bom, que desse enorme silêncio a me espreitar dentro da noite, posso ouvir, de quando em quando, os barulhinhos que as crianças fazem em seus quartos. É o melhor ranger de dentes que existe no meio da vida.</span></span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-21951573757787199732010-05-15T15:19:00.001-07:002010-05-15T15:44:40.786-07:00HOMEOSTASE (*)<br />
<br />
Pacificamente convivem dentro de mim,<br />
Passeando placidamente pelas alamedas,<br />
Floridas e úmidas da minha emoção,<br />
Verdadeiros e inquestionáveis amores.<br />
“ Irrespondíveis”, como diria um de<br />
Os meus amores ( Ah... os meus amores...<br />
Interpõem-se somando,<br />
Multiplicam-se expandindo<br />
Os diversos caminhos para o céu<br />
(já tão pertinho do céu todos eles)<br />
Os meus amores<br />
São todos únicos e raros<br />
Exclusivos e não excludentes.<br />
Especiais, divinos.<br />
Nenhum melhor que outro,<br />
Nem mais intenso,<br />
Nem mais importante.<br />
Todos,<br />
Meus queridos amores.<br />
Dos meus amores<br />
Sou mãe e pai, filho e filha,<br />
Aluna e professor,<br />
Amiga e amante<br />
Irmã, sou irmã:<br />
Desaguando sem economia<br />
Essa doce e terna, eterna fraternidade.<br />
<br />
Esvaziados ( Graças a Deus! ) das idiotas e patogênicas regras,<br />
Carentes dos enfraquecedores e fracassados compromissos,<br />
Plenos e convictos apenas e somente do fundamental:<br />
A conquistada liberdade<br />
De ir e vir, por opção e desejo,<br />
Sendo o amanhã construído,<br />
A cada instante e em cada gesto,<br />
Pela intransponível vontade de permanecer;<br />
Seduzindo “perdulariamente”, como diria um outro amor,<br />
Com mágicas, armadilhas e magia<br />
( Bruxedos maravilhosos do amor )<br />
Dia após dia, a possibilidade<br />
Do sempre e da eternidade.<br />
<br />
Como um explorador atento,<br />
Passo a passo vou me dando conta<br />
Dessa fantástica descoberta<br />
Da infinitude de todos esses sentimentos<br />
Como um artesão cuidadoso,<br />
Vou tecendo dessa porcelana tão antiga de mim,<br />
A deliciosa teia em que me prendo e me solto,<br />
Me perdendo para me reencontrar,<br />
Figura solar e catalisadora de mim mesma.<br />
<br />
Sigo energizada, retroalimentada,<br />
No berço esplêndido da homeostase alcançada.<br />
Em meio a tão conflitantes sentimentos.<br />
Sigo sensorializada, alerta, “antenada”<br />
(Como diria uma amor de livro)<br />
Pronta para todos os meus amores.<br />
Cada vez mais minha. Para sempre minha.<br />
<br />
São tantos os meus amores.<br />
São tão queridos os meus amores.<br />
São amores de muitas histórias:<br />
- grandes e eternas ( porque de outras vidas )<br />
- pequenas e deliciosas,<br />
- miúdas e até levianas.<br />
Mas todas, histórias de amor.<br />
Um amor quase sem limites,<br />
Um amor sem limites:<br />
Farto, amplo, generoso, largo, liberto,<br />
Incontrolado, solto, arrebentado, desaguado,<br />
Anistiado em mim das dores de amor<br />
<br />
Amor,<br />
Amores,<br />
Amores de olhos, olhares,<br />
Amores de boca, palavras, beijinhos, beijos.<br />
Amores de ombro, que se encostam e recebem, se vierem as lágrimas.<br />
Amores de braços, porque abraços, sempre!!!<br />
Amores de mão, acenos, carícias, mãos.<br />
Amores de seios, sedução e alimento;.<br />
Amores de ventre, colo e ninho.<br />
Amores de pernas, entrelaço e esteio.<br />
Amores de pés, juntos, deitados e em pé.<br />
Amores de encontros e reencontros,<br />
Tão certos e possíveis para uns,<br />
Quanto improváveis para outros.<br />
<br />
Amores calmos e convulsos:<br />
Da maresia que só se pressente,<br />
De ondas que afogam<br />
De espuma que se esvai<br />
De areia que, arranhando, desperta.<br />
De mergulhadores de águas profundas,<br />
Dos que tem medo do mar.<br />
De pequenos e grandes goles,<br />
De “AIS” e “UAIS”<br />
De ascetas e saltimbancos<br />
De silêncios intransponíveis e festa <br />
De Schubert e Cazuza<br />
De fados e fadas.<br />
De Maracanã e Teatro Municipal<br />
De guerra e paz,<br />
De guerrilha.<br />
De sol e neblina. <br />
De dia e noite<br />
De quarto e rua, de esquinas<br />
De meios-sorrisos e sonoras gargalhadas<br />
De bilhetes rápidos e inesquecíveis poesias<br />
De respirações que escutamos tão de perto<br />
Daquelas que já esquecemos o ritmo.<br />
De irradiações que tomografam a alma, processando sonhos, revelando segredos.<br />
De pequenos e grandes gestos<br />
<br />
De crianças e velhos<br />
De homens e mulheres<br />
De bibelôs e musas,<br />
Dos namorados, dos enamorados, dos camaradas, dos antigos companheiros.<br />
Dos amigos, dos grandes amigos, dos irmãos.<br />
<br />
Amores,<br />
Amores sem nome,<br />
Amores sem firma reconhecida,<br />
Amores sem dono<br />
Amores que eu quis, que eu quero<br />
Amores,<br />
Amor.<br />
<br />
<em>(*) Homeostase: do grego homeostasis: tendência à </em><br />
<em>estabilidade do meio interno do organismo.</em>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-10560845992439653892010-05-14T15:25:00.000-07:002010-05-14T15:29:46.174-07:00<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: x-large;"><strong>Morre lentamente</strong></span><br />
<strong><span style="font-family: Courier New;"> <em><span style="font-size: large;">Pablo Neruda</span></em></span></strong><br />
<br />
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encon-tra graça em si mesmo.<br />
<br />
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.<br />
<br />
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.<br />
<br />
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.<br />
<br />
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.<br />
<br />
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.<br />
<br />
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se de sua má-sorte ou da chuva in-cessante.<br />
<br />
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-16887843666739895452010-05-14T14:58:00.000-07:002010-05-14T14:58:47.584-07:00SOBRE O ESCREVER (1)<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">" Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador..."</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: large;"> <span style="font-size: small;"> Clarice Lispector</span></span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-75791964329757381812010-05-14T13:35:00.000-07:002010-05-14T13:37:29.856-07:00O homem lúcidoHá um tempo atrás assisti a um filme brasileiro, já meio antigo, chamado "SEPARAÇÔES" de Domingos de Oliveira, que tambem trabalha como ator. Filme de início despretensioso , aos poucos, foi me trazendo agradáveis surpresas> Primeiro, porque trata de assunto delicado de uma forma muito inteligente, interessante e bem humorada. O segundo aspecto que me cativou foi a forma escolhida, bem teatral, com marcações de teatro mesmo. Acabei gostando muito, apesar do excesso de uísque em cena e de MUITO Baixo Leblon. Transcrevo abaixo um texto lido pelo próprio Domingos de Oliveira. Segundo o filme trata-se de uma tradução livre de um texto gravado em pedras e descoberto durante escavações no ano passado, no local aonde seria a antiga Caudéia. Na língua deles, só existe uma palavra para HOMEM LÚCIDO e pra SACERDOTE. Deu uma trabalheira danada, porque tive que ficar indo e voltando a fita do DVD para fazer a transcrição. Espero que vocês gostem.<br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><strong>" O HOMEM LÙCIDO"</strong></span><br />
<strong><br />
</strong><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>O homem lúcido sabe que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções, que ele nunca se entusiasma com ela, assim como nunca teme a morte.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>O homem lúcido sabe que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor, posto que a vida contem tantos sofrimentos que a sua sensação não pode ser considerada um mal.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>O homem lúcido sabe que ele é o equilibrista na corda bamba da existência. Ele sabe, que por opção ou acidente é possível cair no abismo a qualquer momento, interrompendo a sessão do circo.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Pode tambem o homem lúcido optar pela vida. Aí então, ele esgotará todas as suas possibilidades:</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Ele passeará pelo seu campo aberto, e por suas vielas floridas.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Ele saberá ver a beleza do mundo.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Ele terá amantes, amigos, ideais.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Urdirá planos e os realizará.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Resistirá aos infortúnios e até mesmo às doenças.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>E, se atingido por alguns desses emissários, saberá suportá-los com coragem e com mansidão.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>E morrerá o homem lúcido de causas naturais e em idade avançada, cercado pelos seus filhos e pelos seus netos, que seguirão a sua magnífica aventura.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Pairará, então, sob as memórias do homem lúcido, uma aura de bondade.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Dir-se-á:</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Aquele amou muito. Aquele fez muito bem às pessoas.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>A justa lei máxima da natureza obriga que a quantidade de acontecimentos ruins na vida de um homem se iguale sempre a quantidade de acontecimentos favoráveis.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>O homem lúcido porem, esse que optou pela vida, com o consentimento dos deuses, tem o poder magno de alterar essa lei.</strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Na sua vida, os acontecimentos favoráveis estarão sempre em maioria, porque essa é uma cortesia que a natureza faz, com os homens lúcidos</strong>.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;"><strong><em>Queridos amigos: embora possamos estar um pouco longe de toda essa sabedoria, quero crer que estejamos muito perto do desejo de alcançá-la, porque compreendemos, aceitamos e buscamos esses princípios. </em></strong></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><strong><em>Abraços fortes em todos</em></strong>.</span>Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-8329257396514911522010-05-13T12:02:00.001-07:002010-05-13T12:02:30.272-07:00PARA LENI<br />
<br />
<br />
Há muito tempo atrás, lá na infância<br />
<br />
conheci uma mulher, a primeira.<br />
<br />
Leni era seu nome.<br />
<br />
Em meio a mães, primas e irmãs,<br />
<br />
ela era pra mim, quase uma aberração.<br />
<br />
No seu olhar brilhava uma vida<br />
<br />
desconhecida pra mim:<br />
<br />
Fêmea de carne e osso, no cio.<br />
<br />
Habitava, criança e prostituta,<br />
<br />
um mundo de fadas, brinquedos e<br />
<br />
meninos adolescendo, insaciáveis.<br />
<br />
“Ser mulher deve ser bom”, eu pensava,<br />
<br />
quando a olhava, de longe,<br />
<br />
desavergonhada em sua alegria desbocada,<br />
<br />
feliz dentro de sua gargalhada sem dentes.<br />
<br />
Poderosa.<br />
<br />
Todos a possuíam.<br />
<br />
Ela, pertencia ao mundo.<br />
<br />
Galhofavam dela, irritavam-na, imantados,<br />
<br />
sem conseguir se afastar, dominados.<br />
<br />
Debochavam de seu cabelo pixaim,<br />
<br />
provocavam e gritavam:<br />
<br />
— LENI BOMBRIL!!!<br />
<br />
Uma bomba detonava, então:<br />
<br />
Como um animal feroz<br />
<br />
ela rolava no chão com eles<br />
<br />
e se sujava sem pudor:<br />
<br />
ontem no prazer<br />
<br />
hoje na luta, na guerra.<br />
<br />
E, com a mesma garra,<br />
<br />
num terreno e noutro,<br />
<br />
marcava o seu território.<br />
<br />
Aos meus olhos de menina<br />
<br />
tudo isso era puro fascínio.<br />
<br />
E lá no fundo de mim,<br />
<br />
como semente de mulher que aguarda,<br />
<br />
crescia uma admiração, um respeito.<br />
<br />
Desde então,<br />
<br />
e lá se vão 30 (35?) anos!<br />
<br />
Sempre que a vejo, sempre de longe,<br />
<br />
sempre suja e pobre,<br />
<br />
sempre aceno, sempre sorrio,<br />
<br />
com uma mistura de gratidão e carinho.<br />
<br />
E ela sempre responde,<br />
<br />
usando sempre o mesmo gesto,<br />
<br />
levantando o braço bem alto,<br />
<br />
segura de si,<br />
<br />
altiva,<br />
<br />
guerreira,<br />
<br />
forte e feliz,<br />
<br />
ainda.Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1576444362461207648.post-62240271997391058532010-05-11T14:03:00.001-07:002010-05-11T14:03:55.326-07:00Simplicidade“O que o vento não levou<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento...”<br />
<br />
Mário Quintana (anotado em 4/3/09)Papo de varandahttp://www.blogger.com/profile/16884551153301344042noreply@blogger.com2