sábado, 3 de julho de 2010

VINICIUS DE MORAES

Assisti ontem a um programa na Globo News - Espaço Aberto - Literatura-, que em memória aos 30 anos da morte de Vinícius de Moraes, reuniu, num conjunto que se mostrou formidável, José Castelo (seu biógrafo inclusive) e Sérgio Cabral (o pai, gente, por favor!!).
Pequeníssimas aparições de Nelson Mota e Geraldinho Carneiro. De bom tamanho.
Conversaram , e em apenas 30 minutos, o que muitas vezes não ouvimos em horas de palestrantes, ou em muitas e muitas páginas dos livros que são lidos, chegamos lá.
Digo isso gente, porque continuo lendo. Eu, continuo lendo: busco os novos, releio os antigos: quero me emocionar... quero me emocionar, especialmente através da literatura, canal que foi, desde sempre, e busco continuar sendo, insubstituível, nas minhas maiores buscas, emoçoes, questões, aprofundamentos, entendimentos, soluçoes e desafios, ao longo de toda a minha vida.

Voltando ao programa, pensei em mim há 30 anos atrás.
Eu estava muito mais perto dele, concluí sem esforço.
Mais perto de sua poesia, de seu desejo com o mundo, de sua enorme facilidade de transformação, de seu lirismo, de seu sonho vivido como realidade. Cantávamos suas letras e acreditávamos nelas como um paraíso a ser conseguido, ou pelo menos a ser dançado...
Aos 24 anos estive muito perto de Viníciuis de Moraes, em prosa, verso, letras e música. (Viva Tom Jobim)!!
A vida seguiu, sempre eu encantada com sua obra, com sua forma, corajosa e poética de viver.
A vida seguiu sem que eu esquecesse seus poemas, alguns decorados, muitos recitados.

Aos poucos, percebi, ontem, fui me afastando da realidade desse sonho e da possibilidade real dele.
Fui apenas, e muito, continuando amando o poetinha e tendo ele no fundo do meu coração, mas num fundo tão fundo, que eu mesma não mais acessava.
Ontem, durante o programa, lembrei-me de mim no dia em que ele morreu. Eu sei exatamenete o que estava fazendo no momento que soube da sua morte, e achei graça dele ter morrido dentro de uma banheira!!!
Lembrei-me de mim muitos anos antes de ele morrer. Da mulher especial que poderia ser, da musa que poderia ter sido, da paixão "eterna enquanto dura", e de tanta gentileza e capricho na arte do aapaixonamento.
Lembrei-me do quanto ele me fez sentir uma mulher especial e diferente de todas as outras.
Lembrei-me da poesia da música que circulava e me envolviam à época.
Senti uma saudaaaaaaade dele, e de mim.
Preciso, urgentemente, estar com o Vinícius, tomar dois "uisquezinhos", e voltarmos juntos ( quem sabe da mãos dadas?), e desejarmos de novo o céu, a lua , quem sabe , as estrelas?