quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

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Escolhi uma "fonte" para este post que se chama, algo parecido com "tribuchet".
Os dedos coçam, a cabeça necessita.
Vamos ver...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

POEMA PARA HELOISA

Existe silêncio no toque de uma pedra com outra.
Suavidade, canto, gentileza,
e respeito.
Aprenderam com os séculos assim.
Pelos tempos idos e lambidos, pela água da chuva e pela seca:
Ressecam-se, mobilizam-se, e permanecem.
Há limo e saliva entre as pedras.
Limo grosso... História.
Ali e acolá crescem pequenas vegetações, mais que limo:
Só nos ajudam a não nos escorregar de todo.
Verdes, pequeninas, seguram o nosso "mindinho"
E basta.
Entre as pedras, corre água, de preferência, "bem devagarinho"
Limpa, lava, renova.
As pedras, elas, estão agora, bem lá debaixo do sol gostoso da manhã.
Mas nas noites escuras e sem estrelas, e naquelas (aquelas!!!) das tormentas,
elas, as pedras, não só resistem, fazem o que lhe és dito fazer:
Sustentam.
Ser pedra é ser assim...
Juntas, o quanto possível, e bonitas o quanto nos é permitido.
Falando sério, pedra que é pedra mesmo, não pensa em "boniteza"...
(E, apesar de tudo, estamos, juntos e tão longe da pedra que somos.
Temos mãos para apalpá-las, mas isso não nos adianta de muito.)
Somos pedras, juntas.
Com o limo lodoso e infiltrante, sempre a nos escorregar e a nos trazer de volta.
Somos água pura e límpida, com cristais luminosos, luz dos nossos questionamentos.
Somos pedras secas, desidratadas, as vezes, sem muito a oferecer.
Você me põe pra dormir, eu te ponho pra dormir.
Seguimos, somos.
Pedras.
Sonho nosso sempre foi sermos, nós as pedras, pedras lisas de rio, descendo abaixo junto com o ritmo, a força e o descenso das águas.
Seixos é o nosso nome.
Somos, queremos ser, a suavidade do toque, limadas pela vida.
Com ou sem dor (mais pela dor).
Sem poros.
Mas... somos pedras, juntas, aprendendo... ainda....
Sobrevivendo, graças a nossa natureza de pedras que somos, aos "caldos" das chuvas que descem das serras serras sem nos avisar.
Só Deus sabe como.

sábado, 3 de julho de 2010

VINICIUS DE MORAES

Assisti ontem a um programa na Globo News - Espaço Aberto - Literatura-, que em memória aos 30 anos da morte de Vinícius de Moraes, reuniu, num conjunto que se mostrou formidável, José Castelo (seu biógrafo inclusive) e Sérgio Cabral (o pai, gente, por favor!!).
Pequeníssimas aparições de Nelson Mota e Geraldinho Carneiro. De bom tamanho.
Conversaram , e em apenas 30 minutos, o que muitas vezes não ouvimos em horas de palestrantes, ou em muitas e muitas páginas dos livros que são lidos, chegamos lá.
Digo isso gente, porque continuo lendo. Eu, continuo lendo: busco os novos, releio os antigos: quero me emocionar... quero me emocionar, especialmente através da literatura, canal que foi, desde sempre, e busco continuar sendo, insubstituível, nas minhas maiores buscas, emoçoes, questões, aprofundamentos, entendimentos, soluçoes e desafios, ao longo de toda a minha vida.

Voltando ao programa, pensei em mim há 30 anos atrás.
Eu estava muito mais perto dele, concluí sem esforço.
Mais perto de sua poesia, de seu desejo com o mundo, de sua enorme facilidade de transformação, de seu lirismo, de seu sonho vivido como realidade. Cantávamos suas letras e acreditávamos nelas como um paraíso a ser conseguido, ou pelo menos a ser dançado...
Aos 24 anos estive muito perto de Viníciuis de Moraes, em prosa, verso, letras e música. (Viva Tom Jobim)!!
A vida seguiu, sempre eu encantada com sua obra, com sua forma, corajosa e poética de viver.
A vida seguiu sem que eu esquecesse seus poemas, alguns decorados, muitos recitados.

Aos poucos, percebi, ontem, fui me afastando da realidade desse sonho e da possibilidade real dele.
Fui apenas, e muito, continuando amando o poetinha e tendo ele no fundo do meu coração, mas num fundo tão fundo, que eu mesma não mais acessava.
Ontem, durante o programa, lembrei-me de mim no dia em que ele morreu. Eu sei exatamenete o que estava fazendo no momento que soube da sua morte, e achei graça dele ter morrido dentro de uma banheira!!!
Lembrei-me de mim muitos anos antes de ele morrer. Da mulher especial que poderia ser, da musa que poderia ter sido, da paixão "eterna enquanto dura", e de tanta gentileza e capricho na arte do aapaixonamento.
Lembrei-me do quanto ele me fez sentir uma mulher especial e diferente de todas as outras.
Lembrei-me da poesia da música que circulava e me envolviam à época.
Senti uma saudaaaaaaade dele, e de mim.
Preciso, urgentemente, estar com o Vinícius, tomar dois "uisquezinhos", e voltarmos juntos ( quem sabe da mãos dadas?), e desejarmos de novo o céu, a lua , quem sabe , as estrelas?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pequena explicação



Amigos:
Não aprendi ainda a lidar com o tamanho, cor e tipo das letras ( ou fontes).
Fica mal as vezes, eu sei.
Jamais Clarice, no Post anterior, escreveria ou falaria naquele tamanho.
Tentei consertar, não consegui.
Penso, as vezes: eu, que falo tão alto, escrevo tão baixinho. Ou é assim que sinto.
Desculpem. Tô aprendendo.
Suzana

CLARICE LISPECTOR



" Mesmo que nunca mais fosse sentir a grave e suave força de existir e amar, daí em diante, ela já sabia pelo que esperar, esperar a vida inteira se necessário, e se necessário jamais ter de novo o que esperava."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Caros amigos:

Na "varanda", essa mesma, em que os papos acontecem e aonde minha alma vôa sem pudores, o frio está quase pornográfico. Impróprio para consumo.

Buscando o sol, se-guin-do a vida, e debaixo das cobertas, só uma frase me
acalenta:

" Escrever, só por necessidade". Rilke?


quinta-feira, 27 de maio de 2010

NIETZSCHE



" O CRESCIMENTO DA SABEDORIA PODE SER MEDIDO EXATAMENTE PELA DIMINUIÇÃO DA AMARGURA."