" Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que, insatisfeita, foi a criadora da minha própria vida" Clarice Lispector
Tua indagação me permite recordar minha inesquecível amiga Cassilda, de Curitiba. Era impossível para mim cantar em Curitiba sem estar com Cassilda. Incrível é que, desde meu primeiro encontro com ela, junto com a percepção de que era uma pessoa extremamente generosa, notei o cheiro de talco. Te digo mais, era talco infantil. E o cheiro tomava conta de todo o apto. Acho que é vibração infantil, primeva, inocente que teima em permanecer apenas nas pessoas generosas.
Caramba Zé, seu comentário me fez lembrar quando um dia numa crise existencial disse a minha mãe que achava que tinha perdido toda a minha inocência. Perguntei, então, se ela achava que existia alguma possibilidade de resgatá-la, e ela exalando todo o cheirinho de talco possível, me respondeu, como se já tivesse pensado mt no asssunto: - Pode sim, filhote. A gente resgata a inocência pelo afeto.
Com o tempo e a cada dia isso faz mais sentido pra mim. Quanto mais puro melhor...
Penso que o olfato sempre remete aquele nosso melhor momento de estar com o mundo. Como quando lembro do cheiro da vitrola de couro que tinha lá em casa em Sampa. E dos alecrins quando chegava em minha casa recem construída em Paty. Já pedindo licença, como diz o Lucas: "Teu cheiro é aquela agulha da infância. Penetro nele e transfixo"
Tua indagação me permite recordar minha inesquecível amiga Cassilda, de Curitiba. Era impossível para mim cantar em Curitiba sem estar com Cassilda. Incrível é que, desde meu primeiro encontro com ela, junto com a percepção de que era uma pessoa extremamente generosa, notei o cheiro de talco. Te digo mais, era talco infantil. E o cheiro tomava conta de todo o apto. Acho que é vibração infantil, primeva, inocente que teima em permanecer apenas nas pessoas generosas.
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ResponderExcluirCaramba Zé, seu comentário me fez lembrar quando um dia numa crise existencial disse a minha mãe que achava que tinha perdido toda a minha inocência. Perguntei, então, se ela achava que existia alguma possibilidade de resgatá-la, e ela exalando todo o cheirinho de talco possível, me respondeu, como se já tivesse pensado mt no asssunto:
ResponderExcluir- Pode sim, filhote. A gente resgata a inocência pelo afeto.
Com o tempo e a cada dia isso faz mais sentido pra mim. Quanto mais puro melhor...
Penso que o olfato sempre remete aquele nosso melhor momento de estar com o mundo. Como quando lembro do cheiro da vitrola de couro que tinha lá em casa em Sampa. E dos alecrins quando chegava em minha casa recem construída em Paty. Já pedindo licença, como diz o Lucas: "Teu cheiro é aquela agulha da infância. Penetro nele e transfixo"
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